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Um jornalístico organizado por alunos do curso de Comunicação Social da UFC

Professores precisam ser também realizadores, afirma Beatriz Furtado

Os horários do novo curso de Cinema e Audiovisual, segundo ela, deverão ser flexíveis para que “o professor não deixe de produzir porque está dando aula”; na Casa Amarela, sede provisória, projecionista tem de ser pago com dinheiro dos exibidores

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Para Beatriz Furtado, o professor do novo curso de Cinema e Audiovisual deve ser também realizador (FOTO Lara Vasconcelos)

por Érico Araújo Lima (4J)

O processo de seleção para professores do novo curso de Cinema e Audiovisual, que começa a funcionar a partir do próximo ano, já está em andamento. Foram realizados concursos para quatro áreas de estudo: Som, Fotografia/Iluminação, Produção e Teoria da Arte, do Cinema e do Audiovisual. Os professores aprovados ainda devem passar por fase de contratação pela Universidade. Os próximos concursos serão para as áreas de Edição/Montagem e Realização/Direção.

A professora Beatriz Furtado aponta que o perfil desses professores deve aliar experiência no campo acadêmico e na parte prática. “Há uma dupla preocupação: a maioria ou terminou ou está terminando o doutorado. Junto com isso há um perfil de realizador”, diz.

Para Beatriz, é ideal, por exemplo, que o professor do setor de Direção seja também um realizador e que continue dirigindo filmes. Os alunos poderiam, inclusive, acompanhar o professor durante a realização audiovisual. “Vamos ter que adotar uma flexibilidade para que o professor não deixe de produzir porque está dando aula”, defende a professora.

Já foi feita também seleção para servidores, nas áreas de operação de câmera e edição. Beatriz afirma que pelo menos mais 2 ou 3 concursos devem acontecer. O curso precisa de pelo menos um funcionário da área de informática e de mais um editor e um operador de câmera.

Mas a professora não quer que os alunos fiquem dependentes dos técnicos. “Meu propósito é fazer com que os alunos saibam operar tudo, que os técnicos estejam ali pra ajudar e dar manutenção. Já se foi o tempo em que a gente achava que dava alguma ordem, e o técnico executava”, defende.

Na Casa Amarela, um dos principais problemas é a falta de pessoal. O diretor da Casa afirma que sempre solicita concurso para funcionários, mas ainda não foi atendido. “Não tem nem telefonista pra atender o público, mas por falta de pedido não foi”, afirma Wolney.

Ele diz que compreende a situação, que “acontece em todas as universidades públicas brasileiras, sobretudo nos setores ligados à área cultural”. A projeção na casa, por exemplo, fica a cargo de um freelancer, que precisa ser pago, taxa que é cobrada a quem for realizar exibições de filmes no local.

Segundo Wolney, a cobrança “não é nada do outro mundo” e foi combinada com o pró-reitor de administração, professor Luis Carlos Saunders. Para o curso de cinema, a cobrança não deverá ser feita, já que os técnicos estarão capacitados para operar o equipamento da Casa Amarela, e um projetor só para o curso deve ser comprado.

» Amanhã, na última reportagem da série sobre o curso de Cinema e Audiovisual, conheça o perfil do profissional que deverá entrar no mercado de trabalho.

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